Ministros do STF propõem reajustar seus salários de R$ 33 mil para R$ 39 mil

A proposta orçamentária, aprovada com um placar de 7 votos favoráveis e 4 contrários, deve ser enviada ao Congresso ainda neste mês e passará a valer se o Legislativo aprovar

A maioria dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) aprovou, nesta quarta-feira (8), uma proposta orçamentária para 2019 que prevê reajuste s

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A proposta orçamentária, aprovada com um placar de 7 votos favoráveis e 4 contrários, deve ser enviada ao Congresso ainda neste mês e passará a valer se o Legislativo aprovar. Se for sancionado pelo presidente da República, o reajuste terá o chamado “efeito cascata”.

A remuneração dos ministros do STF funciona como um teto do funcionalismo público, impactando salários de juízes e membros do Ministério Público de todo o país e também de parlamentares, ministros do Tribunal de Contas da União, Executivos e Legislativos dos estados e municípios.

Para defender envio da proposta, o ministro Ricardo Lewandowski disse que os salários dos ministros da Corte estão defasados em 50%. O ministro também demonstrou “preocupação” com o “estado de penúria” dos aposentados e pensionistas do Supremo, que “não conseguem pagar plano de saúde”.

É muita cara de pau. O discurso do governo, Congresso e Judiciário, quando se trata de discutir os salários dos servidores públicos ou mesmo de investimentos em áreas sociais, é de que o país precisa cortar gastos. Mas, quando se trata, dos salários e interesses próprios a conversa é outra.

Com o aumento, o salário de um ministro do STF será equivalente a 39 salários mínimos mensais! Isso sem contar outros privilégios, como o auxílio-moradia de quase R$ 5 mil que cada ministro recebe.

Enquanto isso, para os trabalhadores e a maioria do povo os efeitos da Emenda Constitucional 95, aprovada pelo governo Temer e o Congresso, congelaram por 20 anos os gastos públicos, o que irá paralisar os serviços públicos, que hoje já estão um caos.

“É muita cara de pau falar de estado de penúria dos aposentados do Supremo, enquanto querem fazer uma reforma da Previdência para acabar com a aposentadoria dos trabalhadores pobres. Eles falam em crise fiscal para jogar a conta dessa crise nas costas do povo, com cortes nas áreas sociais e ataques aos direitos”, denuncia o integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Paulo Barela.

Só a luta do povo pode dar um basta aos desmandos e ataques dos poderosos. Esta sexta-feira, 10 de agosto, é Dia do Basta. Convocado pelas centrais sindicais, o objetivo é realizar paralisações e manifestações em todo o país para dizer basta aos ataques dos governos e patrões. Vamos às ruas em defesa dos empregos, da aposentadoria, direitos e reivindicações da classe trabalhadora.

Fonte: CSP-Conlutas.

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