12M é dia de luta: SOS trabalhadoras/es de Enfermagem. Nossas vidas importam!
No centro da pandemia do covid-19 estão as trabalhadoras e trabalhadores da saúde de todo o mundo
O 12 de maio é Dia Internacional da Enfermagem. Será um dia de luta e de solidariedade às trabalhadoras e trabalhadores da saúde, que têm dado suas vidas para salvar as nossas, neste cenário de pandemia da Covid-19.
Portanto, será um dia de luta de toda a classe trabalhadora com pequenos protestos, que respeitem o distanciamento social e a utilização de equipamentos de proteção. Mas que tenham faixas, intervenções em carros de som ou megafone e uma forte campanha digital nas redes sociais, sites e outros meios.
Diversas entidades e trabalhadoras e trabalhadores da área de enfermagem e da saúde, de forma geral, estão convocando atos simbólicos em suas unidades de trabalho neste dia.
O pico da propagação do coronavírus está se aproximando rapidamente no Brasil. Mais de 10 mil pessoas já morreram e mais de 140 mil foram infectadas. Um cenário de guerra! Em hospitais saturados, pessoas se amontoam nas gigantescas filas de UTI’s absolutamente insuficientes e desequipadas. O anunciado colapso do sistema de saúde se apresenta intenso e em sua forma mais cruel, com corte de classe, porque atinge a periferia e a parcela pobre e desassistida da população, assim como a categoria que trabalha no setor.
A falta de recursos na área e o desmonte produzido pelos sucessivos governos ao longo dos últimos 50 anos evidencia neste momento o quanto o capitalismo é incapaz para garantir a vida dos trabalhadores e trabalhadoras.
Exposição à contaminação e à morte
No centro desta situação estão as trabalhadoras e trabalhadores da saúde. No Brasil, já chega a quase 3 mil o número de profissionais, somente de enfermagem, com infecções confirmadas. As mortes atingiram 98 deles na última quarta-feira (7), segundo dados do Cofen (Conselho Federal de Enfermagem). O numero ultrapassou os EUA, que havia atingido até a data 91 mortos de Covid-19 na categoria.
De acordo com o Cofen, os 98 profissionais de enfermagem mortos pela Covid-19 no Brasil, 25 são enfermeiros, 56 técnicos e 17 auxiliares de enfermagem. Desses, 67% são mulheres.
Essa é uma heroica linha de frente no combate a Covid-19 e está sendo massacrada e desprezada pelo governo assassino de Bolsonaro, em estados e municípios. Há falta de EPIs (equipamentos de proteção individual), condições de trabalho, treinamento, de transporte para que não se exponham aos transportes públicos e nenhuma proteção para que não contaminem suas famílias, como alojamentos próximos ao local de trabalho. Na saúde em geral, são enfermeiras(os), técnicas(os) de enfermagem, assistentes, médicas(os), residentes, os terceirizados da limpeza, restaurantes, vigilância, e tantos outros que compõem a área de absoluta exposição à contaminação do vírus.
Na contramão da proteção à nossa vida, o governo genocida de Bolsonaro – que é o governo do lucro dos banqueiros, empresários e latifundiários – tem tentado flexibilizar a já afrouxa política de isolamento social. Ignora a gravidade da doença à população ao promover aglomerações, defender exclusivamente a economia e cometer absurdos como anunciar que dará um churrasco para mais 1.300 pessoas e depois desmarcar.
As atitudes nefastas do presidente causam confusão na população, que ficam sem entender que medidas tomar para a efetiva proteção de suas vidas neste momento. Também permitem que os setores pressionados por empresários sintam-se respaldados para acabar com o isolamento social.
Todavia, a verdade é que o Brasil chegou ao colapso do sistema de saúde em segue em direção ao caos, já instalado em diversas cidades. A situação é muito pior que a apresentada, uma vez que há subnotificação de casos e mortes, além da provável omissão de dados sobre a pandemia no país.
Jornada de luta e solidariedade
Diante disso, a CSP-Conlutas centra seus esforços nessa mobilização nos próximos dias, com a jornada de lutas, abaixo. Vamos defender todas trabalhadoras e trabalhadores da área da saúde!
Acesse a arte do cartaz em alta resolução:
12/05 – Dia Internacional da Enfermagem e do Enfermeiro
12M: SOS Trabalhadoras(es) da Saúde! Nossas vidas importam!
Quarentena Geral para todos! Fora Bolsonaro e Mourão, Já!
15/05 – Dia da(o) Assistente Social
15M: SOS Trabalhadoras(es) da Saúde! Nossas vidas importam!
Quarentena Geral para todos! Fora Bolsonaro e Mourão, Já!
20/05 – Dia Nacional de Técnico(a) e Auxiliar de Enfermagem
20M: SOS Trabalhadoras(es) da Saúde! Nossas vidas importam!
Quarentena Geral para todos! Fora Bolsonaro e Mourão, Já!
Acesse a faixa em alta resolução para impressão:
necessário exigir condições de trabalho dos governos (federal, estaduais e municipais) e das empresas para os trabalhadores e trabalhadoras da saúde EPIs, condições de trabalho, treinamento e testes para o vírus a todas e todos trabalhadores da saúde, assim como garantia de transporte seguro e alojamento próximos aos hospitais. É necessário defender o SUS (Sistema Único de Saúde), com investimentos urgentes, e a estatização dos hospitais privados para que fiquem a serviço da Covid-19, como fez a Espanha.
A exemplo do protesto de profissionais da saúde em Brasília no primeiro de maio último, do ato público dos servidores do Hospital Universitário da USP (6/5) e do ato de profissionais da saúde em frente ao HUAP (Hospital Universitário Antonio Pedro), convocado pelo Sintuff (Sindicato dos Trabalhadores da UFF) para este 12/5, a CSP-Conlutas estimula e apoia a realização desses atos em todo o país.
Essas atividades também serão em homenagem e em memória das(os) trabalhadoras(es) que morreram na linha de frente de combate à pandemia.
Fonte: CSP-Conlutas.
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